A indústria do calcário:
O setor de calcário é constituído majoritariamente de moageiras de pequeno porte. E em 1995 existiam 259 usinas de moagem no Brasil, que produziram (em média) 47 mil toneladas/ano. Já em 1996 estes números aumentaram para 266 usinas, com produção média de 59 mil toneladas.
Soma-se a este aspecto uma relativa falta de informação dos agricultores a respeito das vantagens do uso do calcário. As indústrias de fertilizantes têm forte marketing, o que não acontece no setor de calcário. Assim, não há nenhuma indução à estocagem por parte dos fornecedores intermediários.
O fornecimento de calcário ensacado, melhor acondicionado para estoque, é limitado por um custo 30% a 60% maior que o calcário a granel.
As duas questões apontadas por último levam a uma constante busca de recursos de financiamento oficial para estimular a demanda e suprir a necessidade de capital de giro das usinas de moagem.
Evolução do consumo:
O consumo de calcário no Brasil, embora com oscilações decorrentes da atividade agrícola, cresceu até 1994, chegando a 20,4 milhões de toneladas. Isso significa apenas 29% da capacidade nominal de moagem brasileira, que se situa em torno de 59 milhões de toneladas.
O consumo e a produção são praticamente iguais, pois os estoques de passagem são reduzidos e não há comércio exterior.
Muito embora a produção seja crescente, nota-se uma tendência de formação de ciclos, ainda não bem definidos, em função, provavelmente, dos períodos de renovação da correção dos solos, que se dá a cada período de 4 a 6 anos, dependendo da cultura e da região.
A capacidade nominal de moagem no Brasil tem potencial para suprir um consumo de 1,4 tonelada por hectare/ano, se considerada a aplicação em toda a área plantada (média dos últimos 10 anos) com grãos no Brasil, porém o esgotamento desta capacidade ainda está longe de ser alcançado.